sábado, 19 de outubro de 2013

Vida, em todos os lugares é igual.

                                    Tempos atrás, corria...corria, por um emprego melhor, onde o reconhecimento do empenho nas realizações das tarefas a mim designado seria a única forma de uma promoção, uma melhora no salário mesmo, no conforto próprio e de minha familia.
                                    Por anos e anos trabalhei de forma única, focado em objetivos, como:- casa própria, mobilhas trabalhadas artesanalmente, eletro-eletrônicos de última geração, carros, motos, entre tantas e tantas outras coisas.
                                   Lutava, dia e também quase por toda noite, eram 16, 18 horas por dia, de trabalho, todos os dias, inclusive feriados, sábados e domingos, por 16 anos seguidos foi assim, trabalho, trabalho...os pensamentos viajavam e as vontades iam juntas, mas tinha apenas esses objetivos em mente.
                                   Quando do ano de 2002, depois da conquista desses valores materiais, resolvi mudar meus objetivos, fazer uma faculdade, trabalhar novamente com carteira assinada, cumprir jornada de trabalho onde tinha hora para começar e parar, hora pra almoçar e jantar tranquilamente, tivesse os finais-de-semana e feriados, para ficar com minha família, e pudesse emprestar todo o aprendizado adquerido por tanto tempo de experiência vividos na prática e não teorias, a aqueles que por acaso se interessa-se.
                                   No ano de 2008, depois de muito empenho próprio e de minha esposa, lembro bem como se tudo estivesse acontecendo agora, neste instante, o mês era janeiro o dia 25, o relógio marcava 21:35:16, lá estava eu na presença de muitos recebendo meu diploma de nível superior, quanta emoção... um filme em poucos segundos, passava em minha mente...as dificuldades, os obstáculos enfrentados e superados, para que esse dia chegasse.
                                   Mas isso era apenas o começo de um novo circulo, uma outra fase em minha vida, sabedor das dificuldades e obstáculos novos que surgiria nessa nova empreitada, focado e ciente disso...confesso algumas desilusões, percebi que mesmo unindo a prática adquerida através de tempos e tempos de trabalho, e a teoria adquerida durante os anos de faculdade, não era suficiente para um salário melhor, ou mesmo para conseguir emprego.
                                   O mercado de trabalho não procura os melhores em cada área, ele procura sim...aqueles, que falamos com Q.I ( Quem Indica ), puxa saco, se humilha, baba ovo, dá ou come o patrão, esses tipos de funcionários, empresas e instituições estão lotadas desses tipos de colaboradores.
                                  Então procurei graças a um Padre de minha cidade, um emprego no setor público...esse Padre preside uma ONG onde seus trabalhos é direcionados a adolescentes em conflito com a lei, pois havia procurado o mesmo oferecendo-me gratuitamente meus trabalhos, para que esses tais adolescentes tivesse a chance de aprender uma profissão, que realmente seria útil, após sua estádia neste local.
                                 Hoje, trabalho no setor público... e o pior, encontrei lá...as mesmas coisas ou até piores, do setor privado...promoções somente para aqueles chegado...ou seja, você dá pro diretor, dá pro encarregado, puxa o saco deles, paga cerveja ou churrasco...vejo pessoas completamente despreparadas sem noção alguma ocupando cargos de supervisão, cargos esses de comissão, ou seja da confiança do diretor ou encarregado imediato.
                                Deixo uma sugestão, vamos fazer uma seleção onde todos que queiram participar tenham chances iguais, que essas pessoas não sejam indicadas por outros funcionários, sejam as melhores na sua função, capacitadas, inteligentes, e não as melhores em chupar saco.
                               
Texto:- Histórias quase real.

Designer Valdenio Donzelli.