quinta-feira, 4 de julho de 2013

As portas de mais uma grande feira.

                              Hoje, esta faltando 5 dias para mais uma edição da maior feira de calçados da America Latina, na capital paulista. Este ano como em todos os outros as promessas de novos e inovadores modelos de calçados, aguça a curiosidade do consumidor, eu particularmente vejo de uma maneira um pouco mais técnica.
                             Não consigo encontrar grandes novidades ou modelos inovadores, talvez seja a conduta do próprio mercado, baseado no que realmente vende ou seja dá lucro, ao invés da modernidade, do conforto, ou até mesmo da inovação. Vejam a industria automotiva vem através dos anos se inovando, carros potentes com menor consumo de combustíveis, automatizados, peças que absorve o impacto, freios inteligentes que não arrasta, motores híbridos, enfim a inovação esta presente no passar dos anos.
                            Já a industria calçadista não mostra esta inovação no passar dos anos, podemos ver isso nos modelos que estão no mercado, como:- os Tênis, Scarpan, Peep-Tooe, Chanel, Botas, Ankle boot, entre outros, promessas de calçados com amortecimento, altura de salto correta, conforto...o que muda mesmo são apenas alguns traços e arrebites para diferenciar os modelos antigos com os de lançamentos, na sua estrutura nada de novidade ou inovação.
                            Esta industria por mais que tente se esforça para oferecer aos consumidores, calçados que realmente amortece o impacto, dê o conforto necessário, percebo que esta longe de oferecer tudo isso, provas estão ai, é só pegar um calçado com amortecimento e fazer o teste, conforto com o sapato revestido de espuma, ou com salto de até 4cm de altura, couro ecológico, na minha opinião isso não é inovação.
                           Inovação na verdade seria, um calçado que ajusta-se nos pés, sendo ele alongado, gordo, pequeno, chato, um calçados feito para cada tipo de pé, e não vir com modelos dos exterior e usa-los para nossos padrões, os pés do brasileiro é diferente do europeu, viajar para conhecer novas tecnologias é muito valido, agora trazer modelos para fabrica-los para brasileiros...acredito que isso já não funciona.
                           Temos aqui excelentes designers, designers de verdade e não modelistas ou estilistas que na sua maior parte fazem cópias ajustadas com apenas alguns detalhes para diferenciar do modelo correto, além de grandes laboratórios com tecnologia de ponta, para ensaios de novos materiais e inovação do calçado, designers experientes que conhece realmente as necessidades e as vontades desses milhares de consumidores, mas enquanto tudo isso ficar nas mãos de uma meia dúzia de pessoas, a transformação ira demorar, pois de maneira alguma irão colocar suas empresas, seus cargos, seus salários em jogo.

Valdenio Donzelli

terça-feira, 2 de julho de 2013

Lembranças de um tempo bom....

Ontem, no quarto de um hotel na cidade de Muzambinho, estava sapiando a Tv. até encontrar um canal onde estava sendo entrevistado um dos melhores presidentes que esse pais já teve, senão o melhor.
Veio rapidamente na memória o ano de 1991, nesta época estava com 23 anos de idade, viajava muito por toda região centro-oeste, Goias nas cidades de Catalão, Inhumas, Goiania, Leopoldo de Bulhões, Aparecida de Goiania, Rio Verde, Anápolis entres outras desse maravilhoso estado, e também a capital Brasilia, Distrito Federal nas suas belíssimas cidades satélite, como Taguatinga, Ceilândia, Sobradinho, Samambaia, e também cidades do Mato Grosso e Mato Grosso do sul.
Quando de uma dessas viagens, um cliente que nesta época era delegado de policia aposentado, natural do estado da Paraiba, gostava muito de camionete, mas tinha que ser D10, e da cor branca, morava desde pequenino no Distrito Federal no Plano Piloto, sempre passava em sua casa pois sua esposa uma excelente mulher gostava muito dos produtos que vendia, e neste dia por coincidência cheguei em sua casa por volta das 9:00 e ele insistindo muito para almoçar com eles aceitei, foi a primeira vez que tomei suco de seriguela, que delícia, bem temperado com açúcar e geladinho.
Foi então, após o almoço ele me levou em um conhecido seu na cidade de Taguatinga, esse amigo tinha uma loja perto do Hotel Nacional, ficava mais ou menos duas ruas atrás do hotel na esquina de uma grande avenida, sua loja era de material esportivo com nome de Global Esporte.
Depois de várias horas de conversa e vários produtos vendidos, e já passando das 20:00, foi ai minha surpresa, dirigimos até o setor de mansões, parando em frente a uma com muros altos, portão estilo madeira, de duas folhas automatizado, tocamos o interfone e uma voz rouca nos deu a permissão de entrar no local, andamos uns 150 mts, até avistar o local de estacionar, descemos do carro e fomos até a porta de entrada da casa, um dos empregados dizendo ser governante com uma educação espetacular nos levou até uma sala nos fundos do imóvel, muito bem mobiliada, com sofás confortáveis, tapetes felpudos e a parede dos fundos toda de vidro, onde podia ficar admirando o belíssimo jardim.
Passados alguns minutos, percebemos a adentrar na sala um senhor já de meia idade, cabelos também embranquecidos trajado de camisa branca, calça jeans e tênis, pegou em minhas mãos e cumprimentou  e pediu para que ficasse a vontade, após horas de conversa, falamos de futebol, jogo de polo, tipos de comida e bebidas,  nesse dia que conheci o senhor Fernando Henrique Cardoso, nesta época era o ministro da fazenda, foi então apareceu uma admiração por essa pessoa, que anos depois se tornaria o presidente do nosso pais, e por duas vezes seguidas, o pai do Real do vale gás entre outros projetos dos quais melhoram a vida desse povo tão sofrido.

Valdenio Donzelli